Organizar autodefesa contra milícias fascistas que vem espancando até mulheres nas caravanas de Lula

Durante a Caravana de Lula pelo Rio Grande do Sul, milícias fascistas tem agredido manifestantes do Partidos dos Trabalhadores e seus simpatizantes. Chegando ao ponto de espancarem uma mulher com câncer, que estava com o filho, indo embora do ato, ela ficou hospitalizada e sob base de morfina. Há também pelo menos mais três relatos de mulheres agredidas no mesmo evento.

Deise Mirom é militante petista há 20 anos, ela luta contra um câncer e deixou o hospital na madrugada do dia 24 de março. Chegou a ser derrubada e no chão também recebeu socos e chutes, inclusive no olho. Foi espancada quando estava deixando o ato da caravana do Lula, em Cruz Alta – RS, com o filho de 10 anos. Sua mãe escreveu nas redes sociais: “amigos, sou mãe da Deise ela agradece toda a solidariedade, mas ainda não consegue se manifestar, está muito machucada, com muitas dores e está dopada de morfina!”

Daniele Mendes relatou que quando estava chegando na caravana arrancaram sua bandeira e queimaram.

Ieda Alves também disse que entrando na manifestação foi derrubada no chão e só não foi espancada porque a Brigada impediu.

Suzana Machado Ritter, ao iniciar o ato, estava sozinha, foi cercada, derrubada e levaram sua bandeira. Ela diz que mais doloroso que os ferimentos é ver destruída a bandeira que tinha desde 1989, autografada pelo Lula.

O diretório do PT do Rio Grande do Sul, no dia 23 de março, publicou uma nota em solidariedade às companheiras agredidas. E conclui: “não podemos permitir que esta minoria bandida e covarde ameace a vida das pessoas. Não vão nos intimidar.”

Esses fascistas são, de fato, minoria. O mar de pessoas que apoiam Lula por onde ele passa de ponta a ponta do país torna isso claro. Entretanto, essa minoria age de maneira organizada. Isso significa que se a maioria da população se organizar formando comitês de autodefesa os fascistas não terão vez. O próprio ex-presidente Lula deu o tom: “quando nos derem um tapa não vamos virar o rosto vamos revidar”.