Ocupação do Rio de Janeiro: veja as regras de conduta que Villas Bôas quer mudar

Depois das declarações do interventor Braga Netto de que “o Rio de Janeiro é um laboratório”, o Exército anunciou que os moradores que são feitos de cobaias na Vila Kennedy agora vão ter que aturar a truculência do Exército todo santo dia na região.

De acordo com o Comando Conjunto das operações no Rio, os soldados que foram treinados para aniquilar os inimigos numa eventual guerra, saberão respeitar os direitos e garantias individuais da população. Segundo o Comando, a tropa recebeu instruções de como lidar com situações de distúrbio nas comunidades.  

“Usar arma letal” apenas em último caso, adverte o manual. O que pode parecer óbvio, tem uma explicação muito simples: o Exército não foi feito para fazer policiamento. O Exército foi feito para matar. Para exterminar o inimigo.

Para uso progressivo da força, o manual exige que os soldados devem:

1 – alertar, verbalmente, empregando auto-falantes, se for o caso;

2 – negociar;

3 – realizar demonstrações de força;

4 – empregar formação de controle de distúrbio;

5 – usar armas de baixa letalidade;

6 – disparar com projétil de borracha

7 – utilizar dispositivo elétrico incapacitante; e

8 – usar arma letal.

Não é o tipo de operação que o Exército está acostumado. Certamente o soldado que apanha na cara dos superiores durante a formação nos quartéis não está nem de longe apto para respeitar os direitos do cidadão no dia a dia.