Não divulgar dados sobre acidentes de trabalho é ocultar da população a situação dos trabalhadores, principalmente nas fábricas

Os patrões escondem os acidentes ocorridos e que vem ocorrendo dentro da produção, e o próprio governo, para não divulgar as atrocidades cometidas aos trabalhadores por conta das péssimas condições de trabalho, sequer faz qualquer levantamento que possa expor os maus tratos dos patrões com seus funcionários.
Para maquiar mais ainda esse descalabro, o governo golpista do Michel Temer aprovou a reforma trabalhista. Uma das mudanças em relação aos acidentes, adotadas pelos parlamentares e governo golpista para favorecer os patrões, foi sobre o Comunicado de Acidentes do Trabalho (CAT). Antes era considerado o trajeto em que o operário fazia da casa para o trabalho e agora não mais é considerado.
Antes, os trabalhadores, em um período de duas horas antes do inicio do trabalho, na ida e duas horas do trabalho na ida para casa, no caso de sofrerem algum acidente, esses eram considerados como acidentes do trabalho e os patrões teriam que fornecer o Comunicado de Acidentes do Trabalho (CAT). Agora, isso não mais é reconhecido.
No Frigorífico Seara, em Osasco, município da grande São Paulo, um trabalhador que há mais de um ano sofreu um acidente de percurso, ao solicitar o (CAT) lhe foi negado, não foi notificado, apesar de o funcionário ter ficado internado, se houvesse um estudo para apurar a quantidades de acidentes, este operário seria um fantasma, não existiria.

Os patrões, no entanto, antes mesmo da reforma que os golpistas aprovaram, já ignoravam qualquer coisa que demonstrassem os maus tratos aos seus funcionários; agora, os golpistas, na realidade tornaram legal o que já era corriqueiro na prática das empresas.
Querem esconder os números que mostra a verdadeira carnificina nas fábricas. Tanto assim que os últimos são de dados de 2013, ou seja, cinco anos atrás, quando o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) apontou 700 mil acidentes e doenças ocupacionais, e a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) dá conta de que há cerca de cinco milhões de casos