Da redação –Espantosos 15% da população japonesa, terceira maior economia do mundo, estão na linha da miséria. Esse número se mantém constante desde o início dos anos 2000.
Segundo dados oficiais, há 4.977 sem-teto no Japão e 1.242 na capital, mas ONGs afirmam que os números reais são muito maiores.
“Tem mais pessoas sem-teto do que o governo contabiliza, porque eles fazem a apuração de manhã, e é à noite que elas aparecem”, explicou à Agência Efe o cofundador de um grupo de ajuda moradores de rua, Sulejman Brkic.
“Alguns deles se envergonham da situação em que estão e sabem que também são uma vergonha para a sociedade japonesa”, explicou Daizo Tanaka, outro voluntário do grupo.
Além de viverem a miséria, os moradores de rua têm que carregar o peso de serem considerados a “vergonha da nação”. Mesmo dentro da sociedade japonesa, supostamente “disciplinada e organizada”, encontram-se os tradicionais problemas capitalistas. A miséria tem origem sistêmica, não moral, e só terá fim com a derrocada do sistema que a constitui.