Ministro fantoche se reúne com 25 governadores para organizar a repressão no Brasil

Os golpistas não perdem tempo e atacam, em escala nacional, com as Forças Armadas a população. Postas as intervenções militares no Rio Grande do Norte, e a atual no Rio de Janeiro, querem garantir uma política de poder intervir militarmente em qualquer estado da nação. Para isso, Raul Jungmann, foi designado como ministro do Ministério da Segurança Pública, recém-criado como forma de articular a repressão em todo o Brasil.

Michel Temer, presidente golpista da República, convocou a reunião com os governadores para na prática deixar as Forças Armadas à disposição de qualquer um para massacrar a população de seu estado Segundo ele: “O ministério é que vai cuidar dessas questões. Convidei governadores de estado para, juntamente com Raul Jungmann, fazermos uma reunião. Vamos começar tratar dessas questões dos estados aí, pontualmente, vamos verificando caso a caso”; diz.

Ao “jogar essa batata quente” nas mãos do ministro Jungmann, Temer entrega toda a decisão política de golpes militares no País nas mãos de um dos maiores seguidores do imperialismo e das Forças Armadas no continente, ou seja, deu carta branca para se massacrar toda a população brasileira. Não se pode perder de vista que a intervenção militar visa, sobretudo, impedir uma reação popular em torno do petismo e de Lula como candidato, ou seja, pretende  prender o ex-presidente e impedi-lo de disputar as eleições.

A argumentação da imprensa imperialista é que vai se julgar caso a caso a questão da segurança pública em cada estado. Essa mistificação sobre os fatos reais não pode confundir a esquerda e os movimentos sociais. Defender a segurança pública, para os golpistas, é assassinar a população negra e pobre do País que pode sair às ruas para impedir a prisão de Lula.

Os próprios interventores golpistas e militares, em coletiva de imprensa exclusiva para a Globo, afirmaram que o Rio de Janeiro é um grande laboratório a céu aberto para intervenções em outros estados do Brasil. Para quem tinha alguma dúvida sobre a disposição dos militares em assaltar o governo, como se não faltassem evidências, o General Mourão falou que “intervenção é intervenção”, em um recado expresso aos militares para destruírem o governo do Rio de Janeiro.

A esquerda deve se unir na pauta de anular o impeachment e impedir a prisão de Lula e derrotar o golpe. Quem pode fazer isso é apenas o povo nas ruas, e é exatamente para evitar isso que o imperialismo e os militares estão tomando o governo estadual fluminense e se prepara para assaltar qualquer estado que represente uma ameaça política para suas intenções golpistas.