Militante conta como está sendo campanha contra a intervenção militar no Rio de janeiro

Estou tendo a honra de participar da histórica campanha de agitação e propaganda contra a prisão de Lula e a intervenção militar na cidade do Rio de Janeiro.

Nas últimas duas semanas realizamos atividades em diversos morros, bairros e favelas da cidade, além de vários pontos turísticos e centrais da capital fluminense e região metropolitana, dentre eles a favela da Maré, a favela da Rocinha, o bairro Cidade de Deus, o morro da Mangueira e o morro de Santa Tereza, onde foram realizadas panfletagem e colagem de cartazes.

Nossa “expedição” também visitou, agitou e propagandeou em pontos turísticos e centrais da cidade, tais como na Cinelândia, Praça XV, Arcos da Lapa, Feira Hippie de Ipanema, Feira de São Cristóvão, praias de Copacabana e Ipanema, bem como na Central do Brasil e dentro de trens e metrôs.

Conforme o esperado, a campanha teve enorme aceitação entre os trabalhadores e a população em geral. Diferente do que é propagado pela direita via imprensa burguesa golpista e por setores da esquerda pequena-burguesa, a intervenção militar não tem popularidade nenhuma. É um erro afirmar que o povo quer as forças armadas na rua para “combater a criminalidade”.

Por outro lado, em relação a Lula, não há como ver a questão de maneira diferente. Sua base é muito ampla. Lula é extremamente popular. E com enorme apoio entre a população trabalhadora carioca. 

Obviamente que há opiniões contrárias, muito poucas. Algumas delas expressas até de forma bastante agressiva, mas quando você vê uma tiazinha, com lá seus 60 anos, dizer com todas as letras que se prenderem Lula “tem que botar fogo em tudo mesmo”, você percebe o barril de pólvora que se tornou o Brasil.

Uma das perguntas mais comum que temos feito aos cariocas é: “você acha que houve um grande aumento na violência nos últimos tempos que justifique uma intervenção militar das Forças Armadas?” E a resposta via de regra tem sido: “Não! Tá tudo como sempre foi. Isso daí foi por política”.

O povo não é bobo.