Massacre contra a população trabalhadora: Chacina no Vigário Geral completa 25 anos

O dia 29 de agosto de 1993 marcou profundamente a história nacional pela completa barbárie movida por grupo de extermínio formado por policiais militares na comunidade do Vigário Geral, Zona Norte do Rio. O grupo assassinou e executou sem a menor possibilidade de defesa 21 moradores da comunidade.

A justificativa (se existe cabimento para alguma) seria para vingar a morte de 4 (quatro) policiais militares no dia anterior. Os assassinos profissionais, entorpecidos pela ideologia da extrema-direita, invadiram a comunidade atirando na direção de quem estivesse na rua, como se os moradores da região fossem todos “criminosos”.

Era o começo do último domingo do mês de agosto, a seleção brasileira havia derrotado a Bolívia por 6 x 0 pelas Eliminatórias da Copa do Mundo ainda no sábado. Pouco depois da meia noite 30 homens mascarados usando bombas, metralhadoras e fuzis invadiram a comunidade do Vigário Geral. Moradores que estavam aproveitando o final de semana com familiares ou se entretinham nos bares foram brutalmente surpreendidos com a violência e a barbárie, inclusive com invasões aos imóveis.

Um dos sobreviventes, Jadir Inácio, relata que foi ao bar para tomar uma cerveja com os amigos, era clima de comemoração pela vitória da seleção. Até que homens chegaram por diversas entradas da favela atirando em quem passasse. “Eles jogaram bomba no bar, ficamos tontos e depois eles começaram a atirar em todo mundo”, explicou. “Um amigo caiu em cima de mim e fiquei quietinho até que eles saíssem. Foi esse amigo que me salvou. Ele morreu.” Relata Jadir.

Esse derramamento de sangue organizado pela extrema-direita é fruto da política de opressão e massacre da população trabalhadora nas periferias pelas forças de segurança do Estado Burguês. É preciso denunciar em alto e bom tom que a Polícia Militar está a serviço da repressão e da opressão da classe trabalhadora.

Pela dissolução das PM’s e de todos os corpos repressivos; pela criação de polícias estritamente municipais sob o direto controle da população e sem nenhuma ingerência estatal; punição de todos os envolvidos nos massacres contra a população; garantir o fim da violência policial, organizando a população para o exercício do seu direito democrático de sua defesa contra os massacres.

Pelo fim dos massacres! Pela defesa da liberdade e candidatura de Lula! Todos contra o golpe de Estado!