Marine Le Pen é reeleita presidenta da extrema-direita francesa

No último dia 11, foi proclamado o resultado das eleições para a presidência da Frente Nacional (FN), principal partido da extrema-direita francesa. A única candidata ao posto de presidente do partido foi Marine Le Pen, que já estava exercendo seu segundo mandato à frente da FN.

Marine Le Pen foi candidata à presidência da República em 2017, exercendo grande influência naquelas eleições. O grande desgaste dos partidos tradicionais após vários anos de ataques do imperialismo sob o disfarce da “democracia” colocou, nas eleições francesas, a possibilidade de a extrema-direita assumir o poder em um dos países mais importantes do mundo.

Enquanto muitos partidos burgueses em todo o mundo entram em crises profundas diante do problema da democracia, que coloca um impasse entre o programa de massacre do imperialismo e a necessidade da realização de eleições, Marine Le Pen continua se fortalecendo. Isto é, enquanto o PSDB, por exemplo, se vê permeado de disputas entre os diferentes “caciques” da legenda, enquanto a burguesia francesa precisou realizar diversas manobras para eleger Macron, a Frente Nacional reelegeu unanimemente uma figura que representa uma forte tendência de extrema-direita na França.

O crescimento da extrema-direita na Europa demonstra toda a falência da “democracia” burguesa e a necessidade da construção de partidos operários que deem uma verdadeira perspectiva à classe trabalhadora de todo o mundo. É necessário, nessa fase agonizante, mortal do capitalismo, que a classe trabalhadora tenha uma organização independente, capaz de liderar um levante contra todas as mazelas do imperialismo.