Manifestações anti-Lula são organizadas pela polícia e pelos fascistas

Recentemente, a senadora golpista Ana Amélia, que é do partido de Paulo Maluf, disse que “o povo” repudiou a presença de Lula no Rio Grande do Sul e, “espontaneamente”, protestou contra o ex-presidente. Embora seja, obviamente, mais uma mentira contada pelos golpistas, a ideia de que houve uma “manifestação popular anti-Lula” foi repetida por vários setores da imprensa burguesa.

O Rio Grande do Sul não é um Estado que é tomado pelos fascistas. Também não é um Estado em que a população tem um ódio particular ao ex-presidente Lula. Aqueles que se agrupam em organizações de extrema-direita são uma minoria fascista, antipopular e que deve ser combatida energicamente. Afinal, o Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina são Estados que foram fortemente atingidos pelo golpe e que, assim como o resto do país, têm uma quantidade gigante de pessoas sendo esmagadas pelos golpistas.

O fato de ter havido uma manifestação “anti-Lula” no Sul do país não indica que Lula está virando uma figura impopular – muito pelo contrário. Se a burguesia precisou incentivar alguns cachorros loucos fascistas do Sul do país a atacar a caravana do ex-presidente, está óbvio que os golpistas estão desesperados com a popularidade de Lula.

A polícia é outro componente chave para entender porque houve essas manifestações. Historicamente, a polícia sempre acobertou os grupos fascistas – os fascistas só são punidos pela polícia quando a burguesia quer exercer um maior controle de suas loucuras. Além de sempre “passar a mão na cabeça” dos fascistas, a polícia assume um papel importante na organização desses grupos. Muitos dos fascistas são policiais ou ex-policiais ou, ao menos, possuem uma relação estreita com a polícia. Afinal, para ser tão sangrenta, a extrema-direita precisa sempre ter as “costas quentes” ao lidar com o Estado.

A extrema-direita, por mais que seja impopular, não pode ser ignorada. É necessário organizar comitês de autodefesa e enfrentar e responder, na mesma moeda, qualquer provocação feita pelos fascistas ao movimento operário e popular.