Maduro reage a vetos e ataques do Facebook

Na última semana, após uma série de ataques caluniosos e intensa campanha contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por parte da imprensa burguesa e suas campanhas golpistas, o presidente daquele país vizinho anunciou medidas contra monopólios como Instagram e Facebook que corroboram com a campanha da direita.

Se eu posto um vídeo de uma informação importante, eu não posso colocar propaganda, mas posso receber propaganda do mundo inteiro e da Venezuela no Instagram e no Facebook. E me introduzem retardadores para me tirar seguidores ou para que eles não acessem meus vídeos e a minha verdade”, relatou Maduro sobre ele mesmo.

A imprensa burguesa utiliza-se de todo seu cinismo para atacar qualquer possível adversário dos seu interesses econômicos. Isso é um fato histórico e ele se radicaliza em tempos de crise. O ataque imperialista aos países atrasados, a Síria, no Oriente Médio, e os países de toda a América Latina, não fogem ao padrão: o golpe de Estado encomendado pelo imperialismo internacional, teve como fundamental braço direito o apelo cínico da força de propaganda da imprensa burguesa, incluindo as redes sociais.

Eu não sei quem é o chefe do Facebook e do Instagram para a Venezuela, mas eu quero intimar os responsáveis porque eles nos vetam, vetam o presidente”, disse o presidente. Maduro quer libertar o país da “tirania dos donos das redes sociais do mundo”, e a eles tem reservada  “uma surpresinha para as próximas semanas”.

“E depois não se queixem, compadres”, concluiu o presidente, com a clareza de que o país se encontra em “uma nova guerra que mais cedo que tarde” ganhará.

O controle burguês da imprensa e da mídia é um problema sério para a população de qualquer país do mundo. A “liberdade de imprensa” que a direita defende em seus meios de comunicação só lhe serve como forma de divulgar os maiores absurdos, fazerem livremente campanha contra os interesses da nação, justificar a entrega do país e a perda de direitos do povo, confundir as pessoas de suas reais necessidades e interesses… Se a imprensa é burguesa, ela, necessariamente, defende os interesses da burguesia. E os interesses da burguesia são o oposto dos interesses da população: a burguesia quer explorar mais o proletário e convecê-lo que deve ser assim mesmo, o proletário deve lutar para não ser explorado e ter o poder de divulgar a sua própria causa.

Não é possível divulgar a causa do operário pela impresa burguesa. Por isso, como centro produtivo da nação, deve, ele mesmo, ter o direito a imprensa operária forte, nacional e ampla. A essa imprensa própria e independente, e só a ela, o operário deve dar crédito. Nela deve divulgar suas necessidades, a verdade que se lhe impõe a realidade. Só nela ele pode chamar seus iguais à resistência contra sua exploração histórica e contra o golpismo da direita pró-imperialista.