Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, já citada nessa edição do DCO online, o ex-presidente Lula se referiu a um outro ponto que reforça um dos objetivos do golpe de Estado no Brasil e os interesses do EUA como fomentador desse golpe: “hoje eu estou convencido de que os americanos estão por trás de tudo o que está acontecendo na Petrobras. Porque interessa para eles o fim da lei que regula o petróleo, o fim da lei que regula a partilha. O Brasil descobriu a maior reserva de petróleo do mundo do século 21”.
Embora os objetivos do golpe vão muito além da entrega do petróleo para os grandes monopólios do ramo, em particular os norte-americanos, nesse ponto, a Polícia Federal e a Lava Jato com seus fiéis escudeiros, entre eles, o juiz Sérgio Moro, deram uma grande contribuição. A partir da orquestração dos seus mentores, criaram uma “rede de corrupção” entre a empresa, políticos, agentes públicos e com isso promoveram uma gigantesca campanha de maculação da empresa levando-a a prejuízos gigantescos, que ameaçou, inclusive, levar todo esse patrimônio do povo brasileiro à falência.
Para “sanear” a Petrobras, colocaram prepostos à frente da empresa que tem como o único objetivo fatiar todo o patrimônio e entregá-lo para os monopólios do petróleo.
Como efeito colateral, mas também arquitetado pelos golpistas, estão destruindo todo o polo industrial nacional que estava em franco desenvolvimento com a exploração do pré-sal. Ou seja, abriram caminho para a ocupação do mercado nacional por empresas internacionais ligadas aos monopólios e que produzem os insumos nos seus países de origem, levando à falência da indústria nacional e à demissão de milhares de trabalhadores e, inclusive, a quebra de estados da União, como o Rio de Janeiro.
Lula está absolutamente certo. O imperialismo norte-americano age como uma praga de gafanhotos sobre a economia nacional.
Apenas a derrota do golpe será possível por fim à destruição da economia do país, a partir do cancelamento de todas as medidas do golpe e com a defesa de uma Petrobras estatal e sobre o controle dos trabalhadores.