Lição para as caravanas de Lula: os fascistas só recuam quando enfrentados

Durante a caravana de Lula pelos estados do Sul do país a direita tentou agredir e intimidar militantes de esquerda. Jogaram pedras no ônibus que estava levando o ex-presidente e, durante um dos eventos, uma jovem militante do MST foi agredida com socos e pontapés, indo parar no hospital por conta das agressões. Outro apoiador da caravana foi agredido a golpes de chicote.

É importante salientar que toda essa ousadia da direita só é possível em decorrência de toda situação imposta pelo golpe, que permitiu o avanço da direita. Com a proteção da polícia e do Exército, os fascistas estão colocando as mangas de fora e, para combatê-los, é preciso organizar os partidos e movimentos sociais para responder na mesma medida. Só assim será possível colocar um freio nessas agressões e intimidações.

Um bom exemplo recente foi durante as ocupações dos estudantes secundários nas escolas em todo país, em 2016. No Paraná, os secundaristas se viram intimidados pelos cretinos do MBL e responderam de maneira perfeita: botaram os fascistas para correr. Após os estudantes se levantarem e baterem de frente contra os direitistas, não houve mais registros de intimidações.

Se olharmos ainda mais para trás na história, temos o exemplo perfeito de como se deve lidar com essa gente. Em 1934, os integralistas marcaram um grande ato fascista na Praça da Sé, em São Paulo. Como resposta, grupos antifascistas, organizados e armados, fizeram uma contramanifestação e causaram uma debandada geral dos fascistas, no episódio que ficou conhecido como a “Revoada das Galinhas Verdes”, em referência ao uniforme verde usado pelos fascistas brasileiros. A ousadia integralista morreu ali, justamente pela forte reação contrária a eles.

Contra essa corja fascista, não é possível acreditar que a polícia ou a justiça possa oferecer proteção ou resolver qualquer tipo de problema dos militantes e ativistas de partidos e movimentos sociais. É preciso investir na autodefesa e responder as agressões e intimidações na mesma moeda, até que os fascistas voltem para o lugar de onde nunca deveriam ter saído: a lata de lixo da história.