Justiça do Trabalho proíbe Carrefour de ser mais escravocrata do que ja é

Da redação – A Justiça do Trabalho de São Paulo concedeu liminar solicitada pelo Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região contra a rede de hipermercados Carrefour, que estava monitorando e controlando a ida de seus funcionários ao banheiro. A juíza responsável pela decisão judicial identificou que a empresa impunha condições degradantes para os funcionários.

Segundo o Sindicato, os empregados eram obrigados utilizar “filas eletrônicas” para usar o banheiro, além de terem de justificar o motivo da ida ao banheiro, registrando nome no sistema.

“Este tempo de espera pode acarretar prejuízos à saúde do trabalhador. Isto sem relatar o constrangimento de precisar explicar ao monitor/supervisor as suas necessidades fisiológicas, eventuais problemas intestinais ou estomacais, os relativos ao ciclo feminino”, disse a juíza na decisão. “Além do risco de um constrangimento maior, caso não chegue a vez do empregado, na fila, e ele não consiga se explicar ao supervisor a tempo.”

A medida é um ganho para os funcionários, mas é um paliativo para a exploração que a rede de hipermercados já faz com os funcionários que tendem a aumentar agora com a reforma trabalhista.