Justiça brasileira: Alckmin está envolvido em processo quase igual ao do triplex do Lula, mas está solto e pode ser candidato

Mais uma vez a justiça demostra que funciona apenas para poucos. O governador de São Paulo ganha mais uma acusação de propina com farta documentação incriminando-o, e continua sem ser incomodado pela justiça.

Os pesos e as medidas foram diferentes da cega justiça brasileira . São relativizadas quando se trata da condenação do ex-presidente Lula,  que não possui documento comprovando a posse do caso do Triplex da OAS no Guarujá.

“Três empresas da família do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), têm ou tiveram como sede um edifício comercial de propriedade de seu cunhado Adhemar Ribeiro, acusado por dois delatores da Odebrecht de ter recebido R$ 2 milhões no caixa dois para a candidatura do tucano em 2010.

Em ao menos duas eleições, para a Prefeitura de São Paulo, em 2008, e para o governo paulista, em 2010, as campanhas de Alckmin tiveram uma base no imóvel.

Desde o final de 2006, Alckmin mantém vínculo com o escritório do cunhado, na avenida Nove de Julho, no bairro do Itaim Bibi, na capital paulista.

Em 14 de novembro daquele ano, duas semanas depois do segundo turno da eleição presidencial, em que perdeu para Lula (PT), o governador registrou a Humanitas Fórum, Palestras & Cultura no endereço.

O mesmo prédio de Ribeiro, o Wall Street Empreendimentos, serviu de sede para a Trigo Assessoria, agência de notícias de Sophia com uma sócia, de 2009 a 17 de fevereiro de 2017, quando elas mudaram de endereço.

A migração da agência da filha de Alckmin ocorreu 18 dias depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) homologar a delação da Odebrecht, o que resultaria na divulgação, em abril do ano passado, dos depoimentos dos ex-executivos da construtora.

Um dos delatores da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal, ex-superintendente da construtora em São Paulo, relatou a atuação de Ribeiro na campanha de Alckmin”,à jornalista Thais Bilenky na oFolha de S.Paulo.