Julgamento de Lula: juízes como generais

O julgamento de Lula é uma perseguição política e um “show” de  arbitrariedades jurídicas que abre precedente para atacar os direitos democráticos de toda a população.

Para qualquer um que conheça minimamente a situação política brasileira, a pressa em julgar e condenar Lula não deve ser novidade. De qualquer maneira, ao furarem a fila, os desembargadores mais uma vez dão mostras que a prioridade é condenar Lula. Não deve haver dúvida sobre esse problema.

O julgamento de Lula no (TRF-4) fora marcado para o dia 24 de janeiro de 2018, como resultado da operação Lava-Jato e do artífice do imperialismo norte-americano, o juizeco Sérgio Moro.

O ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, fora condenado por Sérgio Moro no tribunal de primeira instância em Curitiba a nove anos e seis meses de reclusão em regime fechado; se o TRF manter a sentença do julgamento da primeira instância, Lula poderá ser preso. O Ministério Público Federal pediu para que aumentasse a pena imposta pelo tribunal de primeira instância para 21 anos de reclusão em regime fechado.

A direita está decidida a condenar Lula. Os desembargadores, todos direitistas, já mostraram que a prioridade é essa. Por isso, é preciso uma ampla mobilização, não uma manifestação eleitoral ou que sirva apenas para “convencer” os já decididos juízes, mas uma ato que coloque em xeque o próprio regime golpista.

A única coisa capaz de fazer os juízes do TRF4 voltarem atrás seria uma mobilização popular que colocasse medo na burguesia. O medo de que a situação política saia do controle caso Lula seja condenado. E essa é uma possibilidade, a própria direita sabe disso, por isso tratou também essa semana de publicar pareceres dizendo que mesmo se for condenado, Lula não seria preso imediatamente.

A intenção é claramente esfriar os ânimos dos militantes. Se a direita está decidida a condenar Lula, a manifestação deve sair à rua decidida a não deixar condenar, não deixar prender! Todos à Porto Alegre no dia 24 de janeiro.