Jornalistas são perseguidas por defenderem direitos das mulheres

No dia internacional da mulher, a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou um relatório em que mostra as dificuldades que enfrentam os jornalistas, mulheres e homens, que investigam os assuntos relacionados aos direitos das mulheres.

Entre 2012 e 2017, em cerca de 20 países, registrou-se 90 casos de violação dos direitos dos jornalistas que investigam questões relacionadas aos direitos das mulheres. Onze foram mortos, 12 presos e pelo menos 25 assaltados por terem ousado falar sobre a condição das mulheres em seu país. Outros 40 continuam recebendo ameaças nas redes sociais.

Segundo a RSF, alguns repórteres não tiveram outra escolha senão o exílio. Outros, pararam de escrever. O documento aponta como principais responsáveis pelos atos de violência grupos criminosos, religiosos e governos autoritários.

Os alvos preferidos são jornalistas, ativistas políticos, sociais e líderes rurais. O assassinato a tiros da vereadora Marielle Franco nas ruas do Rio de Janeiro escancara o estado de exceção que estamos vivendo. Essas mortes têm a assinatura dos golpistas e dos militares que comandam a intervenção no Rio neste momento.

A liberdade de expressão e informação é um dos principais direitos democráticos. Somente com uma imprensa livre será possível denunciar e lutar contra o massacre das mulheres trabalhadoras. Desde que os golpistas tomaram o poder e entregaram o país ao imperialismo e aos militares, os que denunciam essas arbitrariedades se tornaram alvos.