João Doria quer roubar até 8% dos salários dos Servidores

O prefeito fascista de São Paulo, João Doria, protocolou no último dia 19 de dezembro de 2017, na Câmara Municipal um Projeto de Lei aditivo ao PL nº 621/16 instituído por Fernando Haddad no final de seu mandato, que dispõe sobre a reorganização e capitalização do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), entre outras questões, elevando a contribuição previdenciária da maioria dos servidores municipais de 11% para 14%. E aplicando ainda para cerca de 35 mil servidores ativos da Prefeitura de São Paulo um maior desconto previdenciário sobre sua remuneração, elevando de 11% para 19% em 2018, pois o projeto cria uma contribuição suplementar de até 5%, a ser aplicada sobre a remuneração total de cada servidor que recebe acima de R$ 5.662,50, seja ativo ou aposentado.

A reforma de Doria propõe tirar ainda mais dos aposentados e pensionistas que também passarão a ter um desconto de 14% sobre o valor da remuneração que exceder o teto do INSS, hoje em R$ 5.531.

No total, o município tem mais de 100 mil servidores ativos.

Não bastasse o ataque dos golpistas e de Temer com a reforma estrutural da Previdência, que na prática é o fim das aposentadorias no País, Doria se aproveitando disso quer roubar os servidores públicos de São Paulo em até 8% de seus salários ao mês, pelo resto de suas vidas.

Pois Temer e os golpistas não desistiram da Proposta de Emenda Constitucional – PEC da Previdência – para retirar direitos, ampliar os pré-requisitos de idade mínima e de tempo de contribuição para aposentadoria além de acabar com a integralidade e paridade, mesmo dos servidores que ingressaram no serviço público antes de dezembro de 2003.

A Câmara dos vereadores se encontra em férias e este PL começará a ser discutido e votado já em fevereiro, mesmo mês em que o governo nacional tem a intenção de votar e aprovar a sua reforma previdenciária.

Frente ao escandaloso roubo contra o bolso dos trabalhadores e o fim da aposentadoria dos trabalhadores e servidores públicos é vital a imediata organização da greve dos servidores públicos de São Paulo, alinhada à greve geral em todo país no próximo dia 19 de fevereiro.