Jean Wyllys não tem problemas para fazer acordo com a extrema-direita na Ucrânia

Supostamente defensor do direito das minorias, o deputado Jean Wyllys tem se mostrado abertamente avesso a todo tipo de efetiva oposição contra a violência promovida pelo governo de Israel sobre o povo palestino. Ao mesmo tempo, tem dirigido duras críticas ao governo da Venezuela, que, a seu ver, representa uma verdadeira ditadura.

Ocorre que, enquanto membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara (CREDN), em 2017, o parlamentar deixou passar, sem maiores questionamentos, um parecer favorável ao acordo de cooperação técnica e militar entre o Brasil e a Ucrânia, e um outro entre o Brasil e o Iêmen, país controlado pelos sauditas.

Trata-se, na verdade, de medidas tomadas em apoio a dois governos responsáveis por promover enormes massacres contra suas populações, por meio de bombardeios, políticas de guerra, milícias fascistas etc., a que, surpreendentemente, Jean Wyllys não faz questão de se opor.

Com relação à derrubada criminosa do avião MH17 da Malaysia Airlines na Ucrânia, que sobrevoava o país até ser atingido por um míssil, causando a morte de quase 300 pessoas, o deputado apenas insinuou que o fato se referiu a um mero ataque do tipo homofóbico, sem conotação política.

Também com relação à Ucrânia, o deputado optou por ignorar totalmente a prisão do brasileiro Rafael Lusvarghi, que caiu numa armadilha de grupos neofascistas no país, e acabou sendo submetido a diversas sessões de tortura, terminando com metade do rosto desfigurado. A situação do rapaz continua incerta e obscura. Seu advogado denunciou a inércia do Itamatary e do serviço diplomático brasileiro diante do caso.

Jean Wyllys, como figura pública de um partido que se reivindica socialista e libertário, não defende a independência e a autodeterminação dos povos explorados pelas potências imperialistas.

Como deputado, mostra que é apenas mais um dentre os parlamentares alinhados com os interesses políticos e econômicos do imperialismo deles.