Intervenção militar no RJ não reduziu em nada a violência

Da redação – Após a intervenção militar no Rio de Janeiro, o índice de roubos, furtos, mortes violentas e apreensões de drogas cresceram entre os meses de fevereiro e maio na região da Zona Oeste da capital carioca.

“Mentiram quando disseram que seríamos uma comunidade modelo. Modelo só se for de filme de terror. Fizeram nosso sofrimento de palanque político (…)Não me lembro um dia que não tenha tiro.””, disse um morador da Villa Kennedy, no Rio de Janeiro. 

Isso só prova que o objetivo real desse “laboratório” de intervenção militar, não era proteger a população pobre. Não era dar segurança ao povo da favela. Era, sim, aumentar a repressão, diminuir a capacidade de organização popular e responder ferozmente a resistência do povo pobre do Rio contra o golpe de estado brasileiro.

O major Ivan Blaz, porta-voz da Polícia Militar, deixa claro qual era o objetivo: ele enumerou efeitos de ações militares não medidas diretamente pelas estatísticas criminais, como entrada em áreas em que a PM tinha dificuldade de acessar e destruição de barricadas. Ou seja, o foco principal da ação era ampliar as áreas de domínio e destruir qualquer forma de resistência popular a penetração da repressão da burguesia.