Intervenção militar no México resultou em 200 mil mortos e 23 mil desaparecidos

Após quase onze anos após Felipe Calderón decidir em seu décimo dia como presidente, em 10 de dezembro de 2006, enviar 6.500 soldados a sua Michoacán, o balanço da chamada “guerra contra o tráfico” não pode ser mais trágico.

Quase 200.000 mortos, 23.000 desaparecidos, numerosas denúncias por violações dos direitos humanos, casos emblemáticos como os 43 estudantes de Ayotzinapa desaparecidos há quatro anos. Abusos dos militares, que aumentaram em 600% entre 2003 e 2013 de acordo com organizações como a Anistia Internacional.

A intervenção no México mostra como pode ser trágico essa mentira de  “guerra contra o narcotráfico”, milhares de pessoas mortas e o aprofundamento da pobreza; a repressão cresce na América Latina na mesma proporção que cresce a miséria promovida pelo imperialismo.

A repressão policial é a resposta do governo contra a população para impor o projeto neoliberal. É a política da direita para toda a região, entrega das riquezas para o imperialismo, maior exploração dos trabalhadores e ataques às suas condições de vida, e repressão para impor essas medidas à força. É a mesma política por trás dos golpes em curso (ou consumados) na América Latina.