Imprensa e militares: mancomunados a favor do golpe

Um mês atrás, no dia 13 de dezembro, o Diário Causa Operária e o jornal Causa Operária já havia feito a denúncia da farsa do afastamento do general Hamilton Mourão.

No entanto, através da venal imprensa capitalista, a grande farsa foi montada buscou-se aparentar que o defensor do golpe de militar estava sendo punido. Agora, como não é mais possível esconder, a própria Folha de S. Paulo apresentou matéria da colunista Mônica Bergamo, no dia de ontem anunciando a manutenção no mesmo cargo do general Mourão.

A farsa ou acordo se iniciou em 11 de dezembro passado, quando Michel Temer teria assinado o decreto de exoneração do general Hamilton Mourão do cargo de secretário de Economia e Finanças do Exército, por conta das falas de Hamilton Mourão que reforçava a necessidade da intervenção militar e de dizer que a gestão Michel Temer se equilibra mediante um “balcão de negócios”.

Mesmo com todas as falas da imprensa golpista de que o general viraria adido na Secretaria Geral do Exército. O “afastamento” do general era apenas uma forma de disfarçar o golpe, dando mais tempo para as articulações do golpe. Comprovando o enorme jogo de cena, por nós denunciado, um mês depois o General Mourão não sofreu nenhuma punição, nem sofrerá. Ele continua na função.

Como vemos, entre as decisões de Temer e a vontade dos militares, o maior peso é o militar, já há um mês militares da reserva em apoio ao general golpista se referiam à situação, como: “está se cagando de medo (referindo-se a Temer) e usou esse episódio para dar uma demonstração de força. Quem me contrariar eu mando embora…  Deu um aviso… E o VB (Villas Boas), ele ainda está no comando para segurar a tropa… Conheço um general médico, segundo ele os generais estão se saco cheio. Claro que alguns discordam… ”

O golpe militar continua a pleno vapor, Mourão continua a ser um dos articuladores do golpe e de cima, na ativa, juntamente com seu chefe o general Villas Boas, é um dos principais organizadores do golpe militar junto aos seus subordinados.

Esse fato é mais um que se soma a muitas outras falsificações e manipulações que evidenciam a necessidade da classe trabalhadora ter seus próprios veículos de imprensa. Não colaborem com as redes golpistas de comunicação, colabore com a imprensa operaria e revolucionária.