Imperialismo vai intervir na Colômbia

O imperialismo, conforme já demonstrado em vários países, preparou um plano de destruição de toda a América Latina. A crise profunda do capitalismo, que se acelerou enormemente após 2008, provocou uma forte reação do imperialismo no sentido de impedir que qualquer oposição a seus planos surja nos países atrasados. Por causa disso, houve o golpe no Brasil, a eleição de Macron na Argentina, o golpe militar em Honduras, as sucessivas tentativas de golpe na Venezuela, entre muitas outras investidas golpistas.

Na Colômbia, o imperialismo havia forçado as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) a abrir mão da luta armada e a integrar o regime “democrático” da burguesia. No entanto, a participação das FARC nas eleições não tem nada de democrático – há uma intensa perseguição do imperialismo contra o grupo. Já foram mortos 38 membros das FARC durante a campanha.

A imprensa burguesa, no entanto, não denuncia o verdadeiro caráter criminoso dos assassinatos dos membros das FARC. Ao invés disso, a imprensa apresenta os membros como guerrilheiros que cometeram atentados contra a população e que estão sendo responsáveis por “elevar o clima” das eleições. Assim, mesmo após os vários acordos que as FARC foram forçadas a fazer, mesmo depois dos vários assassinatos de caráter fascista por parte do imperialismo, a imprensa culpa o grupo por estar deixando o clima demasiadamente tenso.

A forma como a imprensa vem tratando as FARC na Colômbia demonstra claramente que o imperialismo não permitirá que esta organização ocupe qualquer espaço dentro do Regime Político. Afinal, conforme já ficou demonstrado nos demais países, para o imperialismo, até mesmo uma intervenção militar é melhor do que deixar a oposição chegar ao poder.