Hasselman vs. Frota: nem a direita suporta a direita

A direita golpista tem enorme facilidade para realizar suas campanhas nas eleições: os empresários investem aos montes, a imprensa burguesa dá todo o apoio e o Judiciário acoberta todas as falcatruas. Mesmo assim, nem tudo são flores: a polarização política no país, evidenciada na candidatura de Lula, tem feito vários setores da burguesia perderem a cabeça.

Nessa semana, o partido de Jair Bolsonaro – o PSL – protagonizou mais um “bate-cabeça” entre seus elementos. A fascista Joice Hasselman, que é uma espécie de cabo eleitoral da família Bolsonaro na imprensa, afirmou que sua candidatura seria uma das duas únicas referendadas pelo seu guru. Imediatamente, vários candidatos a deputado pelo PSL se manifestaram contra a declaração de Hasselman, acusando a pseudo-jornalista de mentir em favor próprio.

A principal expressão da crise que sr abriu no PSL após a declaração de Hasselman foi a reação de Alexandre Frota, que chamou a candidata de “biscate” e disse que ela “não valia nada”.

Frota e Hasselman foram elementos de enorme valor para a burguesia na época em que foi tramado o golpe de 2016. Junto com setores da imprensa como Marco Antônio Villa e Augusto Nunes, ambos realizaram uma campanha intensa contra a presidenta Dilma Rousseff.

O fato de Frota e Hasselman estarem “trocando farpas” mostra o quanto a direita é impopular e a crise em que se encontra o governo golpista. O alto grau de incerteza em a que a situação política está submetida tem levado aos golpistas a mostrar suas contradições a público.