Greve na Unicamp continua

O reitor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), junto aos demais reitores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e USP (Universidade de São Paulo), encontram-se encurralados pela início do movimento de greve generalizado do ensino superior público do Estado de São Paulo. Por isso, estão buscando todas as formas possíveis para evitar que isso ocorra.

A greve dos caminhoneiros foi utilizada para esvaziar a comunidade acadêmica, que não foi ao campus devido a suspensão das aulas nesta semana. A greve dos caminhoneiros parece ter arrefecido e as aulas voltam na segunda-feira do dia 03, colocando esta semana em um calendário de assembleias em todas as unidades.

Assim, uma das manobras utilizada pelos reitores é fazer negociações separadas para que consigam isolar a greve e enfraquecê-la. Na Unicamp, o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), responsável por representar os funcionários da instituição, em conjunto com os estudantes impediu na manhã do dia 29 de maio a reunião do Consu (Conselho Universitário), que busca aprovar o reajuste de 1,5% para a instituição, buscando apagar o foco local de greve.

As discussões sobre reajustes e políticas que as instituições universitárias fazem em São Paulo se dá historicamente no CRUESP, que é o órgão que busca manter a isonomia entre as instituições através de uma discussão unificada.

Como a situação é muito crítica, a burocracia universitária está evitando a todo custo um movimento unificado, mesmo que este movimento tenda a não se unificar com a luta geral contra o golpe, a crise é total e abre espaço para um movimento fortíssimo. A greve na Unicamp continua e tende a ser muito forte.