Governo golpista finge mudar a Base Curricular do Ensino Médio após pressão da sociedade

Da redação – O Ministério da Educação (MEC), controlado pelo ministro golpista Rossieli Soares, irá modificar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define o programa educacional que todos os alunos, tanto de escolas públicas, como de particulares, devem estudar na educação básica.

A decisão de alterar a Base Curricular vem para amenizar a rejeição e resistência à proposta, feita pelo antecessor Mendonça Filho (DEM), que deixou a “batata quente” para o advogado que de educação deve entender tanto quanto o “democrata” – e que precisa de aspas já que não consultou professor algum. Mesmo com as alterações, a “reforma” do Ensino Médio faz parte do programa golpista destinado à destruição da educação, visando eliminar diversas matérias e, finalmente, privatizar o ensino nas mãos de grupos capitalistas estrangeiros. Os ajustes serão feitos para atenuar as resistências à proposta — a meta do governo Michel Temer (MDB) é que ela seja aprovada ainda em 2018.

Essa destruição do ensino médio, com retirada de matérias importantes para formação crítica da juventude, tem comovido diversos setores da sociedade que se posicionam contra, pois, com essa retira de ênfases de conteúdos nas áreas de ciências humanas e ciências da natureza, parece que os golpistas querem que as crianças aprendam apenas linguagens e matemática. Para falar a verdade, as escolas são totalmente sucateadas pela direita, as condições dos professores, com salas super-lotadas e baixo salários, já é decadente, então o principal aqui é denunciar o golpe.

Falando sobre o que foi aprovado em fevereiro de 2017, parte do conteúdo da etapa será comum a todos, e a outra, de acordo com a escolha do aluno. Esses, escolhidos a partir da oferta de cinco áreas: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e educação profissional, assim, a reforma define que 60% da grade do ensino médio seja comum e o resto flexível, cabendo ao aluno optar por alguma das áreas. Essa não deveria ser uma proposta levada a sério, mas como os donos do golpe querem destruir as futuras gerações, começando por escravizar o trabalhar, sem direitos trabalhistas, sem empresas nacionais, é preciso destruir a base, o ensino público que neste sistema capitalista ja é de baixíssima qualidade.

O governo, tomado pelos golpistas, encaminhou em abril ao CNE (Conselho Nacional de Educação) essa proposta, e agora, fará mudanças que vão tapear alguns pontos e continuar a retirada de matérias essenciais.

Resumindo, como já denunciado aqui neste diário, essa “reforma” representa o fim do ensino médio.  Especialistas na área da educação alertam que a medida precariza ainda mais o ensino das escolas públicas, que concentram 88% dos estudantes nessa fase. É preciso na Conferência Nacional Aberta, que começa amanha dia 21 na quadra dos bancários, tirar um programa de lutas pela greve geral e para uma educação de alta qualidade após a derrota do golpe.