O imperialismo norte-americano, através de seu principal subserviente latino-americano, o México, articulou-se com outros países capachos, como Brasil, Argentina e Panamá, e convocou uma sessão extraordinária do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) nesta sexta-feira.
O objetivo da reunião é iniciar uma campanha de ataques ao governo nacionalista de Nicolás Maduro, que vem impondo uma série de derrotas ao imperialismo através da mobilização da classe trabalhadora armada e consciente. Na reunião, pretendem votar uma resolução condenando as eleições presidenciais convocadas pela Assembleia Nacional Constituinte para o dia 22 de abril.
O documento a ser posto em votação declara que as eleições na Venezuela contrariam “os princípios democráticos e a boa fé”, o que revela o cinismo gigante do imperialismo, que apresentam eleições como sendo anti-democráticas ao mesmo tempo em que planejam uma intervenção militar em um país soberano para os interesses dos monopólios estrangeiros.
O governo golpista, que já colocou tropas brasileiras na fronteira com a Venezuela, confirmou a participação à reunião. Aos ataques, o governo chavista respondeu “Teremos eleições chova, trovoe ou relampeje”, demonstrando que não está disposto a se curvar diante dos ataques do imperialismo.
A direita está atacando as eleições pois sabe que não será capaz de ganhar, como comprovaram as últimas eleições estaduais, em que os chavistas conquistaram de lavada a grande maioria dos estados do país. Sabem que mais uma derrota, após uma série, seria devastadora para eles e que não têm nenhuma chance pela via democrática-eleitoral. Por isso, estão pressionando ao mesmo tempo que articulam uma intervenção militar na Venezuela.