Da redação – Os golpistas estão implementando no Brasil literalmente uma política de terra arrasada. A lista de atrocidades é enorme. Além dos direitos trabalhistas, da intervenção militar no Rio de Janeiro e do aumento da repressão em escala nacional, tanto nas cidades quanto no campo, um dos maiores ataques que Temer e sua claque desferiram contra o povo brasileiro foi a chamada PEC dos gastos, também apelidada de PEC ’do fim do mundo’.
A mais recente vítima do golpe foi o Museu Nacional, que fica no Rio de Janeiro, e que foi completamente incendiado ontem, juntamente com o seu acervo. De acordo com matéria publicada na Folha de São Paulo, os repasses do governo federal ao Museu Nacional tem diminuído sistematicamente pelo menos desde 2013. No entanto, conforme dito na própria matéria, os gastos sofreram um corte abrupto a partir do ano passado. Neste ano, de 2018, o governo federal prometeu gastar R$ 204 mil para o museu; no entanto, até o momento foram gastos apenas R$ 98 mil.
Um observador ingênuo poderia acreditar que não há relação entre esse incêndio e o corte de gastos imposto pela PEC dos gastos. Devemos lembrar, entretanto, que a situação do Museu nacional era tão crítica que a própria instituição chegou a fazer uma vaquinha virtual em maio deste ano, o que demonstra a condição de total precariedade em que se encontrava o Museu.
Por outro lado, a intervenção militar no Rio de Janeiro, que a imprensa golpista cinicamente chama de ‘intervenção federal’, recebeu dos golpistas até o momento mais de R$ 1,5 bilhão! E não pára por aí. O golpista que controla o governo do estado do Rio no lugar do governador Pezão, o general Braga Netto, demanda receber R$ 3 bilhões para esse verdadeiro laboratório dos golpistas, em que se transformou o Rio de Janeiro. Com isto, chegamos a um montante extraordinário: os gastos com a intervenção militar são mais de 15 mil vezes maiores do que os empregados no Museu!
Não podemos nos enganar. O golpe só tem a oferecer isso ao povo. O incêndio do Museu Nacional está na conta do golpe, e infelizmente, a destruição não vai parar por aí.