Golpistas comemoram Caxias, o massacrador do povo negro e rebelde

Neste último dia 24 de agosto foi celebrado o dia do soldado. A data é uma comemoração ao nascimento de Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias em 25 de agosto de 1803. Caxias é considerado o patrono do Exército brasileiro.

Para além do título e das pomposas homenagens feitas pelo alto comando do exército a Caxias, vale destacar o verdadeiro lado de sua história, como serviçal dos interesses das potências imperialistas, como a Inglaterra, na formação da aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai na guerra contra o Paraguai. Antes desse fato, Caxias havia comandado as tropas imperiais contra as revoltas populares da Balaiada e da Revolução Farroupilha.

Uma das ações mais sanguinárias do comandante do Exercito Brasileiro durante a Guerra do Paraguai foi a intensificação do recrutamento obrigatório na guerra, utilizando-se dos negros nos campos de combate. A promessa era de alforria para os escravos que lutassem na batalha, a qual atendia somente aos interesses das potências europeias, da Inglaterra.

Cada latifundiário da época podia enviar 15 escravos para lutar no lugar de um de seus filhos brancos. O saldo da guerra foi o massacre de 100 mil negros nos campos de batalha. Do lado paraguaio, estima-se que 75% da populacho morreu em decorrência do combate.

A homenagem a Duque de Caxias faz jus ao atual momento político do País, onde após o golpe de Estado, todas as instituições se voltam para atender os interesses dos países imperialistas, como os EUA. O Exército e um dos carros chefes dessa política com seus generais servindo de capachos aos interesses norte-americanos, ameaçando constantemente o país com um novo golpe militar.

É necessário, mais do que nunca, mobilizar a população para derrotar os golpistas e impedir que um novo massacre contra a população pobre e negra do pais seja feito novamente por aqueles que deram o golpe, servindo aos interesses imperialistas.