Golpe autoriza o genocídio nas periferias

Parentes do estudante Ícaro Silva França acusam a Polícia Militar de assassinar o jovem durante uma abordagem no bairro de Sussuarana em Salvador (BA) no último dia 18/02/2018. Segundo a versão da polícia, Ícaro que estava na garupa da moto de seu amigo, estava armado e atirou assim que viu a viatura da PM.

O jovem é mulato, pobre e mora nas periferias ou seja, o perfil da maioria das pessoas mortas pela polícia militar nas periferias de todo o Brasil. Antes de saber se o indivíduo era realmente um criminoso ou não, a PM já julgou, condenou e executou o jovem. Sem a vítima ali para se defender fica muito cômodo para a PM acusá-lo de resistência a prisão de ataque gratuito contra as viaturas.

Essa sempre foi a realidade dos jovens pretos e pobres das periferias. Independentemente do que fazem de suas vidas tem que andar atento a cada movimento da polícia e vivendo cada dia como se fosse o último, porque, para a polícia militar, o braço da burguesia que faz o trabalho sujo de manter a população com medo e oprimida, todas as pessoas pobres e das periferias são potenciais criminosos. A PM atira primeiro e não pergunta depois.

Em um momento em que o Brasil atravessa um golpe de estado que se aprofunda para uma intervenção militar, a população negra e pobre das periferias está mais do que nunca ameaçada. Mal os militares se instalaram no Rio de Janeiro e já surgem os primeiros casos de cooptação e corrupção do exército

E para evitar que haja uma revolta que evolua para uma rebelião popular a direita vai intensificar os ataques à população mais vulnerável. Ícaro Silva França foi só mais uma das vítimas que a direita golpista vai deixar pelo caminho. O Golpe de estado autorizou o genocídio da população pobre e negra nas periferias. É preciso se mobilizar agora, e defender fortemente o país de uma intervenção militar e os seus planos de terra arrasada que querem impor ao Brasil.  

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