General ameaça golpe militar se STF soltar Lula

Agora na reserva, o general Antonio Hamilton Martins Mourão continua seu chilique direitista com qualquer notícia que envolva o processo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. No último capítulo da questão, com o STF garantindo salvo-conduto ao ex-presidente até o dia 4 de abril, o militar se manifestou pelas redes sociais e se declarou “envergonhado” e disse que os ministros do Supremo demonstraram “covardia moral”.

Ao fim de sua mensagem, Mourão ainda diz “cuidado com a cólera das legiões”, expressão usada na antiga Roma para defender a intervenção militar na vida política. Ou seja, o general mais uma vez ameaça abertamente o regime político brasileiro.

Em entrevista à imprensa burguesa, durante esta semana, Mourão voltou a repetir que o judiciário deve “cumprir o seu papel”, senão a situação pode se agravar. Ou seja, o general da reserva e todo seu secto de direitistas histéricos exigem a prisão de Lula de qualquer maneira, passando por cima do que determina a Constituição Federal, que eles juraram defender.

É importante salientar que essa visão não é apenas de Mourão. Uma grande parcela dos militares, na ativa e na reserva, compartilham da mesma opinião e se alinham também aos argumentos idiotas de figuras de pouco valor intelectual como o deputado e presidenciável Jair Bolsonaro.

Para completar o festival escatológico, neste último sábado, 31 de março, Mourão convocou e participou de um ato na Avenida Paulista, em São Paulo com cerca de 100 pessoas – para comemorar o “aniversário” do golpe militar de 1964, que jogou o País nas trevas da ditadura, a qual ele considera – em total afronta à realidade -um exemplo de Brasil sem “corrupção, incompetência e longe da má-gestão”.