Generais e grupos fascistas organizam coxinhato contra Lula dia 3

A Intervenção Militar no Rio de Janeiro foi dada sob a justificativa de que haveria uma “crise” na Segurança Pública. Muitos setores da direita, além de defender a intervenção militar no segundo Estado mais importante do país, defendem que as Forças Armadas tomem o poder no país inteiro – isto é deem um golpe militar -, uma vez que os militares seriam “honestos”, verdadeiros guerreiros da “luta contra a corrupção”.

O que a direita nunca revela, no entanto, é que os militares golpistas, que vêm assumindo um papel cada vez mais de comando no regime político, não são orientados por qualquer interesse patriota, mas sim pelo imperialismo. Os militares, que desde a primeira metade do século XX é controlado por uma ala direitista, pró-imperialista, só intervém na situação política nacional para impedir que as oposições aos planos do imperialismo se manifestem.

Os militares participaram do golpe de 2016. O simples fato de que, em nenhum momento, general algum se posicionou contra a investida ilegal do imperialismo para derrubar a presidenta eleita Dilma Rousseff mostra que as Forças Armadas estiveram sempre alinhados com os golpistas. Agora, no entanto, alguns generais sairão às ruas para pedir, diretamente, que a prisão do maior líder popular do país se concretize.

Segundo o portal golpista O Antagonista, Os generais Rocha Paiva, Luiz Sodré, Luiz Peret e Augusto Heleno se reuniram recentemente com grupinhos financiados pelo imperialismo e garantiram sua participação no “coxinhato” que ocorrerá no dia 3 de abril. O “coxinhato”, que é tratado cinicamente pela imprensa golpista como uma manifestação “popular” anti-Lula, será mais uma vergonhosa manifestação comprada e controlada pelo imperialismo. A participação aberta dos generais expõe abertamente o caráter do coxinhato como sendo um ato em defesa da Intervenção Militar.

A prisão de Lula, encomendada pelos golpistas para acontecer na próxima semana, não pode ser aceita pela classe trabalhadora. É necessário uma mobilização permanente contra a prisão de Lula e que sejam formados, urgentemente, comitês de autodefesa para garantir que a extrema-direita, caso ouse ir para as ruas pedir a prisão de Lula, seja tratada como merece.