Fux diz que Lula é inelegível e indica preparação do golpe nas eleições

Se aproxima a data final do protocolo das candidaturas decididas pelos partidos para as eleições de 2018. Neste momento, quem manda em tudo é a justiça eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), composto por pessoas não eleitas, dispostas a qualquer coisa para manter o regime dos golpistas.

Parte essencial dessa maquinação é o presidente do TSE, Luiz Fux, que em qualquer oportunidade afirma, direta ou indiretamente, que não vai aceitar o registro da candidatura do ex-presidente Lula, previsto para acontecer, junto com um ato público, no próximo dia 15, em Brasília (DF).

Um cidadão, provavelmente ligado a direita golpista, protocolou pedido no TSE pedindo que Lula seja declarado inelegível desde já, antes mesmo do protocolo e análise do pedido do ex-presidente. Fux rejeitou o pedido, não por ser contra o objetivo, mas por ausência de legitimidade ativa do cidadão para apresentar esse pedido.
Fux destacou que, embora não tenha dado o aceite do pedido, a candidatura de Lula possui uma “inelegibilidade chapada”, ou seja, descarada, de fácil reconhecimento. E que o entendimento dele, Fux, sobre o problema, é “público e notório”.

O presidente do TSE está criando um campo dentro do tribunal para poder facilitar a impugnação da candidatura do ex-presidente, se possível, antes mesmo do protocolo a ser realizado pelo Partido dos Trabalhadores, no dia 15. É o que a direita quer, é o que o Poder Judiciário está disposto a fazer, um novo golpe.

Corretamente, o PT publicou uma nota sobre a posição de Fux, que diz: “O Tribunal Superior Eleitoral examinou e autorizou centenas de candidaturas em situação semelhante à do presidente Lula. Qualquer manifestação sobre a situação jurídico-eleitoral de Lula antes deste exame é extemporânea e indevida, especialmente se parte de alguém com a responsabilidade de presidir o TSE.”

Mais do que isso, é preciso lotar Brasília no dia 15, com dezenas de milhares de pessoas, para fazer o protocolo da candidatura do ex-presidente. Lutar por sua imediata liberdade, para impor uma derrota aos golpistas e suas instituições.