
A comemoração da líder da extrema direita francesa está nas redes sociais para o mundo ver:” Bravo, a equipe da França! Está feito!!!!! Bravo Didier Deschamps e todos os seus jogadores. Histórico! “, demonstrando sua demagogia em sua busca do poder, e também vemos muitos comentários na sua rede social ironizando essa demagogia, entre eles: “Parabéns África pelo campeonato Mundial”.
Com uma seleção majoritariamente negra, com 14 etnias, que expressariam uma suposta “integração racial” na França. O que vemos, de fato, refletindo na seleção francesa é a história de dominação colonial desse país, sobre inúmeros povos, marcado por séculos de invasões, ataques, extermínios etc. e que se expressam também no futebol, onde se criou um verdadeiro “ministério das colônias”, juntando os descendentes de seus escravos “sequestrados” para o “selecionado” atual que conquistou a Copa não como resultado de seus méritos mas de um carro processo de manipulação e fraude na Copa, para servir aos interesses dos poderosos monopólios internacionais do setor esportivo.
Marine Le Pen, é membro do Parlamento Europeu, é líder da FN – Frente Nacional e filha de Jean-Marie Le Pen, fundador do partido direitista. A mais nova dos filhos de Jean Marie faz parte do partido de extrema-direita Frente Nacional desde 1986, ela já foi vereadora e deputada, e na ultima eleição a presidência atingiu 40 % dos votos, ou podemos dizer também 10 milhões de eleitores.
Em 2015, Marine expulsou Jean-Marie do partido, decisão que foi revertida pela justiça, que manteve seu cargo de presidente de honra do partido. Junto com Jean-Marie, também fundaram a FN, em 1972, Roland Gaucher, que esteve preso por cinco anos por colaborar com os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, e Jacques Bompard, que foi membro da OAS, grupo de extrema-direita que atuou na guerra da Argélia e espalhou técnicas nazistas de tortura pelo mundo todo, incluindo as ditaduras militares da América Latina.
É essa herança nazista que Marine Le Pen carrega à frente de seu partido. A novidade que ela introduziu foi uma linguagem mais moderada na propaganda política. A imprensa burguesa atribui a ascensão da extrema-direita na França a essa moderação do discurso. O sucesso eleitoral da FN nos últimos anos, em progressivo crescimento, seria um mérito da técnica de comunicação de Marine.
Por isso a declaração de saudação à seleção francesa esconde o racismo francês, vindo de uma representante da herança nazista. Já denunciamos aqui todo o esquema de arbitragem montado para favorecer a França desde o inicio da Copa do Mundo, que não foi a única arma suja montada pelo imperialismo. A máquina de propaganda e calúnias também foi usada como nunca antes. Muita propaganda a favor das seleções e jogadores europeus e uma campanha permanente de desmoralização dos jogadores brasileiros, de novo o Brasil esteve na linha preferencial de ataque.
Tudo foi minimamente pensado para que o título estivesse onde está agora, na França. Os países imperialistas, constituídos por poderosas corporações milionárias, donos de um futebol pobre, estão com o título.
A França foi a escolhida não só pelo dinheiro que um título como este faz circular. A vitória da França diz respeito a uma tentativa de dar sobrevida ao regime político europeu, totalmente em frangalhos.