Fora PM das universidades! Direita quer mais repressão na UFAL

Recentemente, ocorreu um assalto à mão armada no bloco de engenharia da UFAL (Universidade Federal de Alagoas), dois tiros foram disparados e os pertences de uma professora foram roubados, apesar de ninguém ter saído ferido. Diante da situação, a direita que sempre procura aproveitar-se do desespero causado pelas mazelas sociais do capitalismo, levantou a proposta de se colocar mais policiais militares na universidade.

Isso não acontece isoladamente, trata-se de uma das consequências do golpe de estado. A repressão, que aumentou consideravelmente no campo e nos bairros populares, não poderia deixar de lado as universidades. Essa proposta acontece ano mesmo momento em que o país está às beiras de um golpe militar. O assassinato da vereadora Marielle Franco, assim como a experiência pela qual estão passando os trabalhadores cariocas, comprovam que o aumento da repressão é constante.

Por isso, para a direita, é necessário controlar as universidades, que sempre tiveram um papel importante na mobilização política do país, através do movimento estudantil. As experiências da Ditadura Militar (1964-1985) e da recente ocupação da PM na USP (quando foram presos centenas de estudantes) comprovam que a polícia nas universidades apenas é um instrumento para conter o movimento estudantil.

Por isso, todos aqueles que se dizem progressistas e defensores dos direitos democráticos devem se posicionar contra a invasão da PM nas universidades. E se de fato existe um problema de segurança na universidade, deve-se entender que isto não será resolvido pela repressão policial, mas sim resolvendo as diversas mazelas sociais que existem, passando pela reforma da estrutura universitária, que na UFAL é extremamente precária, pois os lugares são mal iluminados, dispersos e sem infraestrutura.