Fora Forças Armadas do Rio de Janeiro!

A população carioca, ao contrário do que dizem alguns, é contra a intervenção militar nas favelas e periferias do Rio de Janeiro. Foi uma constatação prática, inclusive, do Partido da Causa Operária, que lá está panfletando e colando cartazes contra a prisão de Lula e contra a intervenção.

Ou seja, já existe na disposição do povo em colocar para fora as Forças Armadas, posto que elas estão atuando de maneira totalmente brutal na cidade, especialmente contra negros, pobres e trabalhadores. Estão, inclusive, revistando e cadastrando moradores, como se os estranho lá não fossem eles, os militares.

Essa ocupação militar, por outro lado, é um experimento decisivo para os militares, que, se conseguirem estabilizar a situação, manter a intervenção, devem inevitavelmente partir para outros estados, avançar sobre outras áreas, até consolidar seu domínio no regime político.

Nesse sentido, a luta contra a intervenção militar no Rio assume um caráter nacional; é uma luta que irá definir os rumos do regime golpista. E é por isso que é preciso organizar o povo da cidade para expulsar as Forças Armadas das comunidades ocupadas.

O “Fora Forças Armadas do Rio de Janeiro” precisa ganhar o aspecto organizativo, de criação de comitês de luta contra a intervenção em todos os bairros e favelas. É uma derivação dos próprios comitês de luta contra o golpe de Estado. Ou seja, é uma necessidade que se impõe diante da luta contra a direita e suas instituições golpistas.

Além do mais, é medida urgente diante do avanço dos militares fortemente armados, além dos policiais militares, contra a população civil, que já está sofrendo os efeitos da invasão, com perda de direitos democráticos elementares, como o de ir e vir, habitação, etc. além, em muitos casos, da própria vida.