“Cara-de-pau” é pouco para qualificar essa personagem da política brasileira, “capacho“ introdutor do neoliberalismo no país.
Fernando Henrique Cardoso, um ex-esquerdista da “academia” foi aquele mesmo que, quando presidente, declarou que os seus leitores deveriam esquecer o que havia escrito durante a sua fase “esquerdista” , pois diante da “modernidade”, ou melhor do seu novo patrão, o imperialismo norte-americano, o que estava colocado era transformar o Brasil em um novo Porto Rico ou Panamá.
FHC fez de tudo para destruir o Brasil. Entregou a Vale do Rio Doce, a maior parte da Petrobrás, parte do sistema Eletrobrás, o sistema Telebrás, os bancos públicos estaduais, a CSN e dezenas de outras empresas, para ao final do seu governo, ser obrigado a “permitir” que o PT e Lula chegassem ao governo diante da absoluta falência do Estado brasileiro.
Não falamos aqui nas dezenas de escândalos de corrupção, que brotavam feito cogumelo depois da chuva, mas que foram devidamente encobertos pelas mesmas instituições, que hoje “arrotam” o combate a corrupção, mas que no seu governo como a Procuradoria Geral da República, famosa com o seu Procurador-chefe, Geraldo Brindeiro, cognominado de “engavetador-geral da República”, eram meros acobertadores dos saques que eram feitos contra o país.
Pois esse mesmo FHC vem agora em entrevista a O Estado de São Paulo, declarar que o “mensalão mineiro não existiu”. Que tudo não teria passado de uma armação para justificar que que a justiça vale para todos, portanto, “como houve um mensalão do PT, fala-se de um mensalão do PSDB mineiro, que não houve”.
Como um bom vendilhão da pátria, envolvido até a medula com o golpe de Estado no Brasil, FHC tem o cinismo de afirmar que as provas materiais contra Azeredo e o PSDB, que são muitas, não existem, mas as provas contra o PT e seus dirigentes, que não existem, essa são reais. Isso quando o ex-ministro José Dirceu – por exemplo – foi condenado a mais de 23 anos de cadeia baseado na “teoria do domínio do fato”, que sequer faz parte do direito penal brasileiro, mas que foi um instrumento de perseguição política dos regimes fascistas como na Alemanha de Hitler ou na ditadura militar argentina.
O que FHC não quer falar e nem pode falar, pois vai contra os interesses de seus senhores e de de toda a camarilha golpista, é que o mensalão mineiro é sim uma fachada para justificar a absoluta perseguição política aos principais dirigentes do PT e do próprio Partido. A “lei é para todos”, essa é a máxima da república fascista do Paraná.