Exposição de estudante é censura na UFMG

Uma exposição de arte realizada por uma aluna da escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi censurada. A estudante de Artes Visuais Sylvia Triginelli compôs a exposição Corparte: corpo e arte, parte e cor, em que retrata mulheres negras e gordas nuas. O trabalho que mistura fotografia e pintura, usando apenas câmeras sem edição foi resultado de seu trabalho final na disciplina de fotografia.

Exposto no dia 13 de Julho na escola de Belas Artes, o trabalho foi imediatamente censurado. O superintendente da escola de Belas Artes decidiu que ou se suspendia a exposição ou censurava-se as fotos de nudez. A alegação é de que menores de idade transitam pela UFMG, o que poderia gerar problemas legais e de Classificação.

Uma posição absurda, a própria lei dá total respaldo, o guia prático de Classificação Indicativa permite a classificação livre para obras que tenham nudez de qualquer natureza, desde que sem apelo sexual, caso da exposição, como cita, aliás, o professor da instituição Marcos César de Senna Hill em carta aberta denunciando e repudiando a censura praticada pela Universidade.

Estudantes e professores realizaram protesto contra a ação obscurantista da instituição. Após a repercussão negativa negativa Universidade liberou a exposição.

A ação da Universidade foi claramente direitista, conservadora, procurando cercear a livre manifestação artística, coisa que deveria ela mesma promover.