Os fascistas do MBL (Movimento Brasil Livre) divulgaram nota no último dia 25, alarmando que foram “censurados” pelo Facebook. O grupo, que é financiado pelo imperialismo como um dos braços que derrubaram o governo eleito de Dilma Rousseff (PT), está resmungando que diversos de seus coordenadores tiveram suas contas “arbitrariamente retiradas do ar” pela rede social. Sem identificar usuários ou os nomes das páginas, o Facebook teria informado que removeu uma rede com 196 páginas e 87 perfis no Brasil, por violarem suas políticas de autenticidade.
Por mais que o Partido da Causa Operária combata ferrenhamente esses verdadeiros inimigos da classe operária, e mesmo sendo contraditório que os ditos “liberais” estejam chorando por uma ação empresarial, que tanto defendem, devemos denunciar que a autoridade de censura a pretexto de combater as fake news, dá um poder – a um monopólio capitalista, ligados aos órgãos de inteligência e repressão dos EUA – de determinar o que pode ou não ser publicado, com interesses que não estão claros e, finalmente, seria como a conhecida “luta contra a corrupção”, que é utilizada para cassar a esquerda e para encobrir os crimes da direita.
Segundo a posição oficial da corporação internacional, a medida fez parte dos “esforços contínuos para evitar abusos” e veio de uma “rigorosa investigação”. Porém, tem como finalidade a censura do posicionamento político, e, como tal, sempre será denunciada por este diário operário, que, através de sua experiência histórica acumulada, sabe onde posteriormente irá desembocar: no ataque contra a esquerda.
Vale lembrar também, o caso do discurso racista de Jair Bolsonaro, denunciado e explicado pelo PCO, como pretexto para o judiciário golpista iniciar um processo de censura generalizado, se utilizando desse velho truque que, aparentemente, ataca a extrema-direita, cheia de inconvenientes e odiada pela população, para legitimar um processo amplo de repressão. E como partido operário, ao contrário dos aloprados da esquerda pequeno-burguesa, que comemoram a ação como se o judiciário capitalista fosse a favor da luta dos negros contra o racismo, aqueles que lutam contra o golpe tem a consciência de que o judiciário está do lado da burguesia, mesmo que isso implique abrir mão e até mesmo atacar outros setores menos favoráveis do momento, como Bolsonaro, Levy Fidelix, Aécio Neves, Cunha e etc. No caso do ex-militar boçal, que até já articulou atos terroristas contra quartéis, trata-se da mesma e antiga polêmica sobre o “direito à liberdade de expressão”.
Exemplos para demonstrar a ação correta frente a censura não faltam: Bolsonaro deveria ter o direito de dizer o que ele quiser; o livro Mein Kampf de Hitler deveria ter o direito de ser publicado no Brasil; e o funkeiro deveria ter o direito de falar o que ele quiser em sua música, pois, do contrário, é uma censura de um órgão repressivo do estado capitalista, que apesar de estar atacando – nos dois primeiros casos – um setor da extrema-direita, servirá de pretexto para legitimar esse tipo de política, onde os mais afetados serão os setores ligados aos movimentos populares e à classe operária.
Não há como pedir censura ao Estado burguês sendo que a mesma sempre irá se voltar contra os explorados. Está ação contra o MBL demonstra que está sendo preparado um aparato de repressão e censura contra a esquerda, é um pretexto perfeito. A forma de combater o fascismo é pela força da classe operária organizada e, num momento anterior, de amadurecimento dessas condições revolucionárias, por direitos básicos e democráticos.