EUA x Rússia: Trump defende neonazistas ucranianos e não aceita anexação da Crimeia

Da redação – O governo dos Estados Unidos, comandado pelo presidente fascista Donald Trump, não reconheceu a anexação da Crimeia pela Rússia e assegurou nesta segunda-feira, 2, que os rumores de uma suposta mudança de posição são falsos.

“Os EUA não reconhecem a tentativa russa de anexar a Crimeia. Concordamos estar em desacordo, e as sanções contra a Rússia permanecerão vigentes até que a Rússia devolva a Crimeia à Ucrânia”, disse a porta-voz da Casa Branca demonstrando que pouco se importa se o governo ucraniano está tomado por neonazistas.

Em 2014 a península da Crimeia foi anexada pela Federação Russa, como consequência do golpe fascista na Ucrânia impulsionado pelos próprios EUA. A grande maioria da população da Crimeia, etnicamente russa, aprovou a anexação no referendo com mais de 90% de votos pela anexação, levando à reação das Forças Armadas da Ucrânia fascistas que tentaram tomar a região à força.

Os norte-americanos desconsideram totalmente, na sua lógica de atacar “ditaduras” eleitas e defender “democracias” fascistas, a vontade da votação e da população russa que também demonstrou massivo apoio ao governo russo para anexar a região, com uma manifestação que na época reuniu milhares de pessoas nas ruas de Moscou. Depois do golpe, as bases militares russas na península ficaram ameaçadas, o que levou os russos a realizarem rapidamente a anexação e construindo este ano uma ponte até a Crimeia. 

O objetivo principal do imperialismo, ao impulsionar o golpe na Ucrânia era justamente atingir a Rússia e colocar pressão sobre o governo do presidente russo Vladimir Putin. A reação popular na Crimeia e no Leste, nas regiões de Donetsk e Luhansk, impediu o imperialismo de completar seus planos. Diante disso, o imperialismo passou a fazer uma campanha contra a anexação da Crimeia, com muita propaganda e impondo ações econômicas contra os russos, onde, desde 2016, a tensão vem aumentando e agora chegou à guerra econômica dos EUA contra Rússia e exercícios militares e navais dos neonazistas na Península da Crimeia nesta semana.