EUA e Europa querem dar o golpe militar na Venezuela

O acordo que vinha sendo negociado entre o governo venezuelano e a oposição e sofreu um duro golpe na última terça-feira, dia 6. Apesar do fato de que as negociações já estavam finalizadas e o documento final seria assinado naquele dia, a oposição inesperadamente decidiu não assinar sem que apresentasse uma razão clara. O fim das negociações coincidiu com a escalada verbal por parte de autoridades estadunidenses instando aos militares venezuelanos que derrubem o governo de Nicolás Maduro.

Veio do Senador Marco Rubio a mais recente manifestação a favor de um golpe militar na Venezuela. Anteriormente o Secretário de Estado, Rex Tillerson, também expressou seu apoio a uma solução militar para a crise naquele país. Após o fracasso do acordo os representantes da oposição venezuelana decidiram realizar viagens pelo mundo para “denunciar a grave crise política e social”.

O fim das negociações entre a oposição e o governo venezuelano além de coincidirem com as manifestações pró golpe militar emitidas por autoridades ianques também coincide com o fim do processo de integração das FARCs no processo político na Colômbia e, fora da América Latina, o desagrado aberto com a perspectiva de paz na península coreana.

O chamamento ao golpe militar na Venezuela denota claramente uma política externa de (mais) intransigência particularmente em relação à América Latina. A conclusão que se pode tirar em relação ao desenvolvimento político em nosso país é que os Estados Unidos não aceitarão para o Brasil nada que seja superior ao estatuto colonial e estas instruções certamente já foram passadas aos seus lacaios no poder. O aceno de mais uma conciliação e de um projeto econômico de desenvolvimento sem rompimento com o imperialismo estadunidense é assim nada mais que um sonho.