Entrada de chefe da CIA na diplomacia marca transição da extrema-direita para integrar o regime do capital imperialista

Foi anunciada nesta terça-feira a exoneração de Rex Tillerson do cargo de Secretário de Estado dos Estados Unidos. Seu substituto é Mike Pompeo Chefe da CIA. Para a antiga posição de Pompeo foi nomeada Gina Haspel. As relações entre o Presidente Donald Trump e Tillerson andavam estremecidas já há algum tempo. Suas divergências eram públicas e Tillerson chegou a publicamente tachar Trump de “retardado”.

A substituição sinaliza uma grande guinada à direita na política externa norte-americana. A simples colocação de um ex-funcionário da CIA no posto máximo da diplomacia por si só já é de grande significância. Na verdade há muito tempo os Estados Unidos não possuem algo que se possa chamar exatamente de serviço diplomático. O funcionamento do Departamento de Estado se assemelha mais ao de uma delegacia de polícia do que propriamente de uma instituição dedicada a manter relações com outros governos. Seus agentes são mal preparados e com pouco conhecimento dos países com os quais vão trabalhar e muitos são nomeados entre contribuintes de campanhas eleitorais. Os mais profissionais são versados nas artes da conspiração, semelhantes a policiais brasileiros são especialistas na retórica da ameaça, da intimidação e da aniquilação dos que caem em suas mãos. A substituta de Pompeo na chefia da CIA, Gina Haspel tem em seu currículo a direção de uma prisão clandestina na Tailândia, notória por ser um centro de tortura de prisioneiros.

Nas próximas semanas ficará clara qual exatamente será a linha de atuação do novo secretário de Estado mas uma coisa é certa: a mudança do titular do Departamento de Estado é mais um capítulo na luta sem precedentes dentro dos centros de poderes do imperialismo.