Em três dias sobe para nove o número de mortos pela PM na Rocinha

A intervenção militar no Rio de Janeiro segue fazendo suas vítimas entre a população. Em um prazo de três dias subiu para nove o número de civis mortos pela ação indiscriminada dos militares no subúrbio fluminense da Rocinha. Uma verdadeira chacina contra a população negra e pobre, que sofre as consequências da intervenção militar pelas mãos de seus algozes usuais, os policiais militares.

A favela da Rocinha, uma das maiores do Brasil, vem penando sem a disponibilização dos serviços essenciais de água e energia elétrica. Assim, a intervenção militar agride a população de formas mais cruéis para demonstrar um poderio de destruição que a cada dia mais é colocado em prática.

Os finais de semana, que costumeiramente são os dias em que a população está em casa em virtude das folgas semanais do trabalho, são os dias preferidos para a falta de luz. Dessa forma, moradores reclamam de terem seus aparelhos eletrônicos afetados pelas quedas de energia.

A “Light”, empresa de distribuição de energia no Rio de Janeiro, alega que em virtude da intervenção militar não consegue enviar seus técnicos para a Rocinha com o objetivo de reparar a estrutura elétrica da favela. Tamanho cinismo é verificado por não combaterem a real motivação das quedas de energia, ou seja, a ação dos militares, que deliberadamente cortaram as linhas de energia para facilitar sua incursão na madrugada.

A população sofre com o extermínio protagonizado pelos militares e também com a falta de fornecimento desses serviços básicos. A luta política posta para o momento, que é o combate ao golpe de Estado passa, necessariamente, pelo imediato fim da intervenção militar contra a população do Rio de Janeiro.