Eleições: principal defensora de um “plano B” é a imprensa que prendeu Lula

A imprensa golpista trata de impulsionar a campanha em defesa do chamado “Plano B” em relação a candidatura à presidência do ex-presidente Lula. Em uma matéria publicada no ultimo dia 8 de julho, no jornal golpista O Estado de S. Paulo, o periódico dos patrões faz propaganda do petista Fernando Haddad como certo substituto de Lula para as eleições presidenciais.

O jornal cita a entrada de Haddad na corrente, Construindo um Novo Brasil, a CNB, majoritária no PT, e as recentes aproximações do ex-prefeito de São Paulo com Lula como sendo um fato incontestável de que Haddad, e não Lula, será candidato à presidente. O jornal dá destaque ainda a declarações de lideranças de outros partidos, como o presidente do PDT, Carlos Luppi, partido que tem como candidato a presidente o golpista Ciro Gomes. O presidente pedetista reitera que Lula não sairá como candidato, indicando Haddad.

A campanha feita pelo Estado de São Paulo em defesa do plano B, apenas reforça a tese de que essa campanha é impulsionada pela própria direita. Ou seja, a mesma imprensa que defendeu e defende que Lula deve permanecer preso, não deve ser solto em hipótese alguma, faz propaganda de que o PT terá, inevitavelmente, um substituto nas próximas eleições para presidente da república.

A esquerda pequeno-burguesa faz coro com essa campanha, com seus candidatos abutres, como Guilherme Boulos pelo PSOL e Manuela D´Ávilla pelo PCdoB. É necessário, portanto, reafirmar que a campanha pelo “Plano B” é uma campanha da direita, daqueles que querem fazer com que a principal liderança popular do país, com o maior índice de intensões de votos, seja abandonada em uma masmorra de Curitiba. São mesmos também que veem como negativo a crescente polarização politica no país e o fato de Lula expressar o repudio popular ao golpe.

Contra a politica do “Plano B” é necessário defender a candidatura de Lula e sua liberdade. É preciso não compactuar com a politica dos golpistas, mobilizar a população pela derrota do golpe e pela liberdade do ex-presidente.