Eleição: a forma de passar o pano no golpe

Nesta e na semana passada estão acontecendo as convenções partidárias para a escolha de candidatos para as eleições de 2018. O mais incrível é que quase ninguém menciona o fato mais grave desta eleição: a pessoa que tem mais votos no Brasil todo está presa.

Faz mais de 100 dias que Lula está preso, independente dos recursos apresentados por sua defesa, apesar do que prevê a Constituição Federal, o ex-presidente continua nas masmorras de Sérgio Moro.

Esse é o principal problema a ser denunciado por qualquer candidatura de esquerda, independente do cargo disputado. Eleição, em geral, já é fraudulenta. Este ano, após o golpe de Estado e com a prisão de Lula, será ainda mais.

Fazer convenção eleitoral sem considerar esse problema é se mancomunar com a direita golpista, que pretende realizar as eleições sem a participação de Lula, único capaz de demonstrar alguma resistência nas urnas diante dos golpistas.

Nesse sentido, ganha importância o ato do dia 15 de agosto, em Brasília, que deve reunir milhares de pessoas no protocolo do registro de candidatura do ex-presidente. É preciso fazer uma ampla convocação para esta atividade, como consequência das deliberações da Conferência Nacional Aberta de Luta contra o Golpe, realizada nos dias 21 e 22 de julho.

É preciso lutar pela liberdade, candidatura e eleição de Lula até as últimas consequências, como forma de aglutinar uma ampla parcela da sociedade que não quer se adaptar ao regime dos golpistas.