É para isso que tiraram Lula? Haddad defende acordo com PSDB

Mais uma vez, Fernando Haddad, o “plano B” oficializado pelo PT na última semana em substituição ao candidato das massas Lula, cedeu a uma importante pressão dos golpistas. Em sabatina realizada pelo SBT na última segunda-feira (17) o presidenciável disse não descartar a possibilidade de aceitar o apoio do PSDB em um eventual segundo turno seu contra o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro. Isso depois de ter declarado dias atrás que votaria em Geraldo Alckmin (PSDB) em um eventual segundo turno deste contra Jair Bolsonaro (PSL).

Haddad justificou a declaração, que ignora a própria existência do golpe, como parte de sua política conciliadora. Contudo, é mais seguro supor que o dito alinha ainda mais o ex-prefeito de São Paulo à ala direita do PT; mesma ala que, desde o impeachment, insiste na “virada de página” sob a tutela intelectual da grande imprensa.

Dia após dia, o candidato que substitui Lula me meio a pressão das baionetas e decisões golpistas do judiciário, vai realizando concessões à pressão da direita.. Da mesma forma, o candidato, declarou que não indultaria Lula no caso de sua posse como presidente da República, ou seja, deixaria Lula na cadeia até que o judiciário decidisse em contrário,

Em suas entrevistas à imprensa golpista, Haddad evita expor a farsa da Lava-Jato, atribui as arbitrariedades esdrúxulas a “erros”, limita a responsabilidade do boicote ao governo Dilma a Aécio Neves e ao PSDB que, segundo ele diz confiar, já teria se arrependido do que fez.

Enfim, faz um jogo tão morno que, considerando o ânimo combativo do eleitorado legado por Lula, que mais atrapalha do que ajuda na delicada operação de obtenção de votos e, o que é mais importante, não serve à necessária luta pela derrota do golpe e pela liberdade de Lula, que não será conquistada apenas por meio do voto em eleições fraudulentas.