Donos da Netflix, apoiadores da Lava Jato, estão comprando campos do pré-sal

A campanha gigantesca que a Netflix faz para divulgar a série O Mecanismo obviamente não tem o objetivo parnasiano de arte pela arte. Isso porque os grupos investidores da companhia de streaming de vídeo também têm muitas fichas na mesa do grande jogo do petróleo mundial.

Segundo o jornalista Brian Meier, “a Netflix é uma companhia controlada pelos grandes grupos de capital financeiro como Capital Group e BlackRock. A BlackRock movimenta mais dinheiro anualmente que o PIB Brasileiro e é o maior acionista nas petroleiras Shell e Chevron, que se beneficiaram com o golpe de 2016, através da privatização do petróleo brasileiro, e o abatimento de impostos de Temer pela MP 795/2017, o chamado MP de Trilhão. Ou seja, quem ganha com um programa de propaganda criado para destruir a reputação do partido PT durante um ano eleitoral são os gringos. José Padilha está fazendo o velho papel de entreguista para os interesses de capital internacional, trabalhando contra os interesses do povo brasileiro, pelo sua própria benefício.”

A série do diretor José Padilha, que trata da operação Lava-jato, chocou pelas falsificações históricas. Tal qual a operação, “O mecanismo” se alinha perfeitamente aos interesses do imperialismo. Usar a fictícia “luta contra a corrupção” para abrir o país a toda sorte de roubo bilionário.

O uso da linguagem cinematográfica com objetivos políticos/ideológicos é presente na quase totalidade das obras exportadas pelo imperialismo. Entretanto, a forma descarada e inábil com a qual Padilha faz seu trabalho de propaganda deve ser usada imediatamente pela classe trabalhadora para lançar luz sobre a farsa.