Do Queermuseu ao incêndio do Museu Nacional: a ofensiva da direita contra a cultura

A direita golpista é inimiga do povo e de toda a forma de expressão popular. Todo o Brasil assistiu horrorizado à investida do MBL e outros direitistas à famosa exposição do Queermuseu, incidente que foi amplamente discutido neste Diário. O caso do Queermuseu mostrou a política preferencial da direita para a cultura: censura.

Além da censura, que incrivelmente é reproduzida por setores da esquerda pequeno-burguesa, outra forma da direita de atacar a cultura é através do corte orçamentário, um verdadeiro garrote que asfixia as ciências e a arte de conjunto. A PEC dos gastos, aprovada pelos golpistas, impõe um duro ataque à cultura nacional. Os gastos com a intervenção militar no Rio de Janeiro ultrapassam os repasses federais ao Museu Nacional em extraordinárias 15 mil vezes!

No entanto, engana-se quem pensa que o incêndio no Museu Nacional se trata de um caso isolado. Somente no Estado de São Paulo, sob o comando do glorioso PSDB, também sofreram com incêndios a Cinemateca Brasileira, o Memorial da América Latina, o Teatro Cultura Artística, o Instituto Butantan, o Museu da Língua Portuguesa e o Liceu de Artes.

Não se trata de um simples acidente ou um prosaico descaso. O golpe é um ataque de grande envergadura contra o povo brasileiro e a sua cultura. O plano está sendo realizado: deixar a cultura nacional em cinzas.