Direita na Venezuela decide boicotar eleição que perderia de qualquer jeito

A direita pró- imperialista na Venezuela, liderada pela MUD, anunciou que irá boicotar as eleições presidenciais chamadas pela Assembleia Nacional Constituinte para o dia 22 de Abril, que segundo eles são fraudulentas e ilegítimas. “Não contem com a Mesa da Unidade Democrática nem com o povo para aprovar o que, até agora, é apenas um simulacro fraudulento e ilegítimo de eleição presidencial”, anunciou o capacho dos norte-americanos Ángel Oropeza.

O posicionamento não é novidade para ninguém. Diante das diversas tentativas de golpe de Estado contra o governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, e de suas sucessivas derrotas, a direita optou em não concorrer em pé de igualdade para não demonstrar seu fracasso. Assim, também optaram pelo boicote da as eleições para a Assembleia Constituinte. A impopularidade da direita ficou claro nas últimas eleições estaduais, onde o chavismo ganhou mais de 80% dos governos de estado no país.

Se boicotam as eleições presidenciais é porque já sabem que vão perder. Na verdade, estando consciente que não tem mais nenhuma alternativa pela via democrática-eleitoral, o imperialismo na Venezuela está optando por uma intervenção militar no país, com o apoio da imprensa capitalista internacional. O posicionamento das forças armadas pelo governo golpista na fronteira com a Venezuela comprova este fato. E isto acontece ao mesmo tempo em que no Brasil se tem uma ameaça urgente de golpe militar.

Para aqueles que achavam que a política do imperialismo nos anos de chumbo tinham acabado, doce ilusão. A degradação histórica do capitalismo não permite mais nenhum tipo de democracia no planeta. Por isso, a luta democrática e anti-imperialista da classe operária é fundamental na atual etapa do desenvolvimento histórico. Fora o Imperialismo da Venezuela!