Direita golpista prepara mais um ataque contra a legalização do aborto

Passado o último ano de muita luta travada acerca do direito ao aborto, a luta das mulheres ainda deve se acirrar neste ano. Mais uma vez a direita tenta impedir o direito à emancipação da mulher, que se dá na legalização do aborto, tratando-se de uma questão de saúde pública. No ano anterior a proposta que estava na mesa era de aumentar a criminalização do aborto por meio da PEC 181, ela que viria a aprofundar ainda mais os ataques contra as mulheres.

Agora o ataque mira a Sugestão Legislativa (SUG 15 /2014), que propõe a legalização do aborto até as 12 primeiras semanas de gestação. Todo o procedimento seria realizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde), garantindo à mulher todo o aparato necessário para que o processo ocorra de maneira segura, diferentemente do que ocorre em clínicas clandestinas, que acarretam na morte de milhares de mulheres anualmente no país. Além da legalização do aborto, a SUG propõe a formação de todo um aparato na figura de uma equipe médica que sirva como orientação para a mulher durante todo o processo.

Com o golpe, a direita está se sentindo à vontade para suprimir qualquer avanço no que diz respeito à população, em especial as mulheres. A exemplo disto está a contraposição do senador Magno Malta que está pedindo arquivamento da sugestão legislativa. O representante da bancada da bíblia já entregou relatório à Comissão de Direitos Humanos (CDH) pedindo seu arquivamento. As justificativas sempre permeiam o campo moral e obscurantista da direita golpista, que a cada dia aumenta seu ataque contra direitos fundamentais das mulheres.

Nesse sentido, é preciso barrar o avanço da direita no que diz respeito à luta das mulheres, derrotar o golpe, o grande precursor dos piores ataques contra as mulheres, sendo elas econômica e socialmente já tratadas inferiormente pelo Estado. O golpe piorou esse status. Por isso, as mulheres devem se organizar em torno da luta frontal contra o golpe e seu aprofundamento.