Dia 15 de agosto em Brasília: ocupar Brasília e exigir o registro da candidatura de Lula

O movimento de massas no País está se preparando para o evento mais importante e decisivo dos últimos anos. O dia 15 de agosto deverá ficar registrado na história do Brasil como o dia em que os trabalhadores e o conjunto dos explorados ocuparam a capital federal para realizar o maior ato em defesa dos seus direitos e conquistas, Centenas de milhares de ativistas e populares vindo de todos os mais distantes pontos do país deverão ocupar Brasília para exigir não só a liberdade do companheiro Lula, como ainda pressionar e também exigir do Tribunal Superior Eleitoral o registro da candidatura e o reconhecimento do direito do ex-presidente em concorrer ao cargo político máximo do país.

Neste momento, Lula está com seus direitos democráticos cassados, impedido de exercer a plena cidadania em função de uma condenação totalmente fraudulenta, arbitrária e inconstitucional. O processo que condenou o ex-presidente é uma peça acusatória rigorosamente sem nenhum fundamento jurídico legal, forjado no submundo da famigerada operação Lava Jato, instrumento de perseguição política conduzida pelo juiz fascista Sérgio Moro, que juntamente com um núcleo de Procuradores igualmente fascistas, atuam partidariamente a favor dos golpistas, perseguindo, atacando e condenando os representantes da esquerda nacional. Lula é preso político do imperialismo e do regime golpista, que se valem da imprensa golpista para levar adiante uma hedionda campanha de calúnias e ataques ao ex-presidente, buscando desmoralizá-lo e deixá-lo de fora das eleições.

Apesar desta virulenta e criminosa campanha, Lula vem liderando há vários meses todas as pesquisas de intenções de voto realizados pelos mais diversos institutos, inclusive aqueles diretamente controlados pela burguesia e suas agências. O ex-presidente ostenta índices superiores a 40%, malgrado a tentativa de manipulação das pesquisas em apresentar o ex-presidente com percentuais na casa dos 30% a 32% das intenções de voto. Trata-se, evidentemente, não só de uma manobra, mas de uma política deliberada dos golpistas, da burguesia e dos inimigos do povo em não reconhecer que a maior liderança operária e popular do país é o franco favorito a conquistar, pela terceira vez, através do voto popular, o posto de presidente da república.

Neste sentido, assume um caráter estratégico de grande e fundamental importância jogar todo o peso das estruturas de que dispõem o movimento de massas no país para fazer do 15 de agosto o dia em que a burguesia e os golpistas sentirão todo o peso, a luta, a energia e a mobilização dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, dos negros, do movimento sindical, operário e popular. Não há qualquer alternativa que possa substituir a mobilização e a determinação conjunta dos explorados na luta contra os golpistas usurpadores. Somente uma ampla e gigantesca mobilização e massas será capaz e impor uma derrota os intentos golpistas do judiciário. Acreditar em qualquer outra possibilidade que não seja a poderosa força social organizada do povo, é condenar a luta das massas à prostração, ao fracasso e à derrota.

As eleições engendradas pela burguesia, seus partidos e suas instituições já são, de antemão, uma enorme fraude contra a vontade popular. Em geral, todos os pleitos realizados de 1989 até hoje foram controlados e manipulados diretamente pela burguesia e seus representantes, que buscaram de todas as formas e através de um conjunto de manobras e artimanhas, fraudar a vontade popular. Particularmente neste momento, em que os representantes do grande capital, do imperialismo e a burguesia em seu conjunto encontram-se profundamente desmoralizados perante as massas, torna-se inevitável o aprofundamento dos mecanismos de controle das eleições e, por consequência, da vontade popular.

É preciso ficar absolutamente claro que somente através de uma ampla mobilização social do conjunto dos trabalhadores e das demais camadas exploradas da sociedade será possível impedir a burguesia de manobrar mais uma vez e subverter a vontade soberana do povo. Neste quadro, eleições limpas e democráticas somente poderão ser conquistadas se forem o resultado de lutas vitoriosas das massas, da derrota da burguesia, dos partidos golpistas, do judiciário, da criminosa operação Lava Jato e de todas as forças reacionárias e direitistas do país.

Portanto, é dever de todos aqueles que desejam ver os golpistas derrotados envidar todos os esforços para fazer do 15 de agosto o dia da grande virada a favor dos trabalhadores, realizando em Brasília o maior ato em defesa da candidatura do ex-presidente Lula e do seu direito de concorrer livremente ao pleito presidencial. Nesta perspectiva, O PCO dirige um chamado a todas as forças democráticas e progressistas do país, ao ativismo do PT, da CUT  dos demais partidos de esquerda a somarem forças e se engajarem efetivamente nesta luta.